O bloqueio da plataforma X (antigo Twitter) no Brasil, ordenado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, repercutiu fortemente nos principais veículos de imprensa internacionais. O Wall Street Journal destacou a gravidade da decisão, afirmando que o Brasil proibiu o uso da plataforma, comparando a medida a ações adotadas por países autocráticos como Coreia do Norte e Venezuela. Segundo o jornal, a decisão do Supremo foi motivada pelo descumprimento de ordens judiciais por parte da empresa de Elon Musk, que se recusou a nomear um representante legal no país. O Financial Times destacou que Moraes é uma figura polêmica, sendo elogiado por garantir a integridade das eleições de 2022, mas criticado por conservadores, que o acusam de restringir a liberdade de expressão. Além disso, o jornal ressaltou que Musk está sendo investigado por obstrução da justiça e que, apesar da proibição, os brasileiros continuam a acessar o X através de redes privadas virtuais (VPN).

A cobertura também foi ampliada por veículos como o The New York Times, que sublinhou o impacto dessa disputa no cenário digital brasileiro, afirmando que o bloqueio representa o maior teste para a visão de Elon Musk de transformar o X em uma praça digital onde a liberdade de expressão é ampla. O jornal americano destacou que a plataforma ficará indisponível no país, afetando milhões de usuários, e classificou como "incomum" a proibição do uso de VPN, com multas previstas para quem tentar contornar o bloqueio. O Washington Post reforçou o contexto de desacordo entre Musk e as autoridades brasileiras, apontando que a tensão surgiu após a empresa se recusar a suspender contas investigadas pelo STF. Já o jornal argentino La Nación, em sua cobertura, chamou Moraes de "um polêmico juiz", destacando seu papel central nas investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.